quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Poesia Antiga...

Hoje, ao arrumar livros e cadernos antigos, encontrei um caderno dos meus tempos de liceu (ano de 1992, para ser mais precisa... tinha eu 15 anos!) onde eu escrevia as minhas poesias. Encontrei lá as 3 tentativas frustradas de escrever em português. Vou partilhar com vocês essas 3 tentativas e espero que tenham em consideração o facto de, na altura em que escrevi isto, ter apenas 15 anos. :P

Enjoy!


Medo de Amar

Sinto medo!
Medo de amar,
Medo de errar...
Num beijo sinto o gosto
De um cigarro acabado de fumar
Olho o teu rosto
E sinto-me a afogar em pensamentos!
Serão provavelmente tormentos...
Sinto medo,
Medo de te magoar.
Não quero deixar
De sentir o que sinto
Mas com certeza minto
Se disser que não te vou amar...
Mas é este medo de amar
Que faz transparecer a incerteza...
Oh... desculpa! É a minha natureza,
O medo de te amar...


Corpo e Alma

Entrego o corpo aos desejos da alma...
Estarei errada ao ceder?
Perco, no meu ser, a calma,
diminuindo a ânsia de viver...
A alma ordena, o corpo obedece.
Sem ser inocente,
Caio na teia que ele tece,
Experimentando loucura ardente...
A carne é fraca,
A alma imoral...
O Ser monarca
Rege o teatral...
Em fortes pensamentos
Me vejo consumida,
Pois, por escassos momentos,
Daria todo o ser, a vida...


DOR

Não tenho mais forças para chorar
Nem lágrimas para derramar...
Resta-me apenas a frustração
E a dor de te ter perdido.
Se não tivesse cedido
Intacto estaria o meu coração...
Tudo o que faço, tudo o que penso
É sobre ti... sobre nós...
Olho o mar imenso
E consigo ouvir a tua voz...
Mas estás inalcançável... longe...
Esta dor que não consigo curar
Faz-me lembrar do teu olhar
Tão profundo e intenso,
Mentiroso e suspenso...
Nada conseguirá apagar
Esta mágoa que sinto...
Nem as forças da Natureza
Ou os deuses do Olimpo
Conseguiriam tal proeza...
Perdi-te! Jamais te terei,
Pois não sei se voltarei...
Talvez um dia, quem sabe...
Mas aí já será tarde.
Viverei sem amor,
Consolando-me com a dor...

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