Estou tão cansada... estas viagens dão cabo de mim. Quando chego a casa só quero tomar um duche quente e dormir... dormir... dormir... dormir durante 100 anos, como a bela adormecida, mas sem correr o perigo de algum estupido me vir acordar com beijos... quero ser eu a acordar, quando estiver preparada...
Subi os clérigos lentamente... distraída pelas montras com motivos natalícios, que me provocam sempre nauseas, e a observar as pessoas que por mim passavam, alheias à minha existência. Por momentos, senti-me invisível; e, por ser invisível, senti-me poderosa, até que um parvo qualquer a sacudir os piolhos ao som de uma música qualquer no seu mp3 (que eu mais chamaria poluição sonora) me "atropelou" e olhou para mim como se eu fosse uma folha de papel velha, amarrotada e toda escrita e riscada... algo que algum poeta insatisfeito deitou fora... e assim, a minha fantasia foi interrompida. Continuei a minha caminhada e, ao chegar ao jardim (que eu vou chamar da cordoaria, apesar de achar que se chama outra coisa qualquer) o ambiente mudou completamente... ficou mais pesado, senti-me observada por animais de espécies desconhecidas, escondidos nas árvores... aqui, não me senti nada invisível, muito pelo contrário! Nem tão pouco me senti poderosa... senti-me a presa que um predador oculto caça na noite... senti-me o jantar de alguém... um cão rosnou... eu berrei e corri uns segundos... quando consegui recompôr-me, reparei que o cão era do tamanho de uma migalha de uma côdea de pão seco da avó da Rita... enfim... a minha imaginação prega-me umas partidas jeitosas. Depois de me rir um bocado da minha parvoíce, cheguei a salvo à passadeira e atravessei a rua para ir comprar o bilhete do expresso das 20:30 para voltar aqui para o meio do monte, que é onde estou agora (depois de ter tomado uma bela banhoca e ter roubado uma fatia de bolo que a minha tia fez... eh eh eh). Estou pronta para ir dormir... 8 horas... que eu preferia que se transformassem em 100 anos de sossego, sem príncipe algum por perto para me atazanar o juízo.
Subi os clérigos lentamente... distraída pelas montras com motivos natalícios, que me provocam sempre nauseas, e a observar as pessoas que por mim passavam, alheias à minha existência. Por momentos, senti-me invisível; e, por ser invisível, senti-me poderosa, até que um parvo qualquer a sacudir os piolhos ao som de uma música qualquer no seu mp3 (que eu mais chamaria poluição sonora) me "atropelou" e olhou para mim como se eu fosse uma folha de papel velha, amarrotada e toda escrita e riscada... algo que algum poeta insatisfeito deitou fora... e assim, a minha fantasia foi interrompida. Continuei a minha caminhada e, ao chegar ao jardim (que eu vou chamar da cordoaria, apesar de achar que se chama outra coisa qualquer) o ambiente mudou completamente... ficou mais pesado, senti-me observada por animais de espécies desconhecidas, escondidos nas árvores... aqui, não me senti nada invisível, muito pelo contrário! Nem tão pouco me senti poderosa... senti-me a presa que um predador oculto caça na noite... senti-me o jantar de alguém... um cão rosnou... eu berrei e corri uns segundos... quando consegui recompôr-me, reparei que o cão era do tamanho de uma migalha de uma côdea de pão seco da avó da Rita... enfim... a minha imaginação prega-me umas partidas jeitosas. Depois de me rir um bocado da minha parvoíce, cheguei a salvo à passadeira e atravessei a rua para ir comprar o bilhete do expresso das 20:30 para voltar aqui para o meio do monte, que é onde estou agora (depois de ter tomado uma bela banhoca e ter roubado uma fatia de bolo que a minha tia fez... eh eh eh). Estou pronta para ir dormir... 8 horas... que eu preferia que se transformassem em 100 anos de sossego, sem príncipe algum por perto para me atazanar o juízo.
1 comentário:
de pé devagarinho, vou aproximar-me de ti e... dormir a teu lado_
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